Prefácio

PREFÁCIO O “Centro Histórico de Macau” contém a essência de mais de 400 anos de intercâmbio cultural entre o mundo ocidental e a civilização chinesa, constituindo o conjunto arquitectónico de raiz europeia mais antigo, mais completo e mais bem consolidado que se mantém intacto em solo Chinês, sendo ainda um testemunho sólido do papel missionário da cidade, na China e no Extremo Oriente, e do pluralismo cultural que perdurou ao longo dos séculos.

O “Centro Histórico de Macau” foi inscrito na Lista do Património Mundial em 15 de Julho de 2005. Neste contexto, representa valores histórico-culturais importantes não só de Macau, mas também da China, representando também o reconhecimento de valores universais excepcionais da Humanidade, pelo que temos a responsabilidade de continuar a efectuar os devidos trabalhos de protecção de acordo com as respectivas convenções internacionais, levando a uma gestão e protecção eficazes da valiosa herança cultural que é o “Centro Histórico de Macau”.

Face ao rápido desenvolvimento da cidade, é necessário, por um lado, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e aprofundar os seus conhecimentos e, por outro lado, respeitar o valor universal excepcional da cidade, assegurando a autenticidade e integridade do “Centro Histórico de Macau”. Assim, o Governo da RAEM, de acordo com o art. 51.o da Lei n.º 11/2013 Lei de Salvaguarda do Património Cultural, procede à elaboração do “Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau”

A implementação da sua protecção e gestão dos trabalhos do “Centro Histórico de Macau” constitui um grande desafio, pois requer o apoio, a cooperação e os esforços conjuntos de toda a população, incluindo a participação activa dos proprietários de património construído, tendo também em conta o respeito pela vontade pública.