A igreja de S. Lourenço fica na Rua de S. Lourenço, e possui uma escadaria dupla na entrada que dá acesso ao portão principal. A igreja tem uma altura de 3 andares e apresenta um traçado simétrico de estilo neoclássico. Foi projectada em forma de cruz latina, com uma nave sem colunatas. Existem duas torres simétricas, uma com um relógio e outra com um sino de bronze que toca durante as missas. Venerando S. Lourenço como seu padroeiro, o interior da igreja é amplo e majestoso, com os magníficos lustres de cristal a criar um ambiente luxuoso.
A Igreja de S. Lourenço, originalmente construída como uma pequena estrutura de madeira, foi construída antes de 1560 e é uma das igrejas mais antigas de Macau. Após o restauro em 1618, o edifício foi ganhando escala gradualmente e a forma e o estilo actuais são o resultado da reconstrução de 1846. Situada num terreno elevado e com uma vista ampla, a igreja costumava ter vista panorâmica sobre toda a orla costeira. Diz-se que muitos portugueses aqui se reuniam, mirando o horizonte, aguardando o regresso dos navios e rezando pela boa viagem dos seus familiares. Isso explica por que em chinês se chama “Fong Shun Tong”, que significa “Salão dos Ventos Calmantes”, aparentemente inspirado pelo comércio e as monções.
À medida que os portugueses se estabeleceram em Macau, formou-se gradualmente uma comunidade de famílias de marinheiros mercantes, e a igreja tornou-se num edifício de referência da cidade. Estrategicamente localizada numa colina perto da costa, a Igreja de S. Lourenço era antigamente um marco importante no perfil da Península de Macau, desfrutando de uma vista panorâmica desobstruída sobre a baía da Praia Grande. Devido à sua relação próxima com as actividades marítimas, os Chineses designavam esta igreja de “Fong Shun Tong”, nome que ainda hoje se usa. A igreja, construída durante a próspera era do comércio marítimo de Macau, numa antiga avenida comercial com comerciantes ricos que viviam nas proximidades, não só testemunha o modo de vida dos comerciantes e das suas famílias em Macau, outrora activos na Rota Marítima da Seda, mas também representa as conotações religiosas e culturais da cidade no contexto da Rota Marítima da Seda.
