A entrada principal do Seminário de São José fica na Rua do Seminário. A propriedade é composta pelo edifício do Seminário e uma igreja anexa, rodeada de muros. Ao entrar pela entrada principal e subindo a antiga escadaria de pedra, vê-se uma igreja de estilo barroco, única entre as igrejas em Macau devido à sua planta centralizada e domo abobadado. O Seminário e a Igreja de São José são conhecidos localmente como “Sam Ba Chai” (Pequena S. Paulo), pois a sua escala era apenas superada pelo Colégio de São Paulo e pela Igreja da Madre de Deus.
O Seminário de São José foi fundado pelos jesuítas em 1728 para a formação do clero e de quadros para a sociedade. A sua gestão alternou entre a Sociedade de Jesus, a Congregação da Missão e a Diocese de Macau. A educação no Seminário estava dividida em dois sistemas: (1) Educação teológica: para a formação do clero, com um programa universitário que cobria a filosofia, a teologia e as línguas, ensinado por padres e que preparava aqueles que aspiravam ao sacerdócio; (2) educação secular: já em meados do século XIX, o Seminário de São José oferecia uma série de cursos públicos ou elementares subsidiados pelo governo de Macau, incluindo cursos de navegação e cursos comerciais, e uma escola luso-chinesa, entre outros. O Seminário também facultava as suas instalações e professores a outras instituições, para fins educativos. A educação secular oferecia cursos de nível secundário a estudantes externos.
Numa época em que a educação não estava generalizada, o Seminário de São José foi pioneiro na educação secular, estabelecendo as bases para o desenvolvimento da educação de Macau. Adoptou uma abordagem de ensino ocidental, enfatizando a formação em línguas, música e artes, e muitos dos seus graduados tornaram-se figuras proeminentes da sociedade, conhecedoras das culturas orientais e ocidentais. A história do Seminário reflecte a evolução da educação moderna em Macau.
