A fim de reforçar o intercâmbio com a imprensa, o Instituto Cultural (IC) organizou um “Encontro Cultural” para a comunicação social, no dia 14 de Junho, Terça-feira, no sentido de estabelecer uma comunicação bidireccional com a mesma. Neste Encontro foram abordados assuntos como os resultados da investigação preliminar ao colapso do telhado da Igreja de Santo Agostinho, as medidas de protecção do património cultural em caso de chuvas fortes e a programação de actividades performativas e artísticas, entre outros. O IC organizou ainda uma visita de imprensa à Igreja de Santo Agostinho para mostrar a situação após o incidente.
Estiveram presentes no Encontro o Presidente do IC, Ung Vai Meng; o Vice-Presidente, Leung Hio Ming; a Chefe do Departamento do Património Cultural, Leong Wai Man; o Chefe do Departamento de Desenvolvimento das Artes do Espectáculo, Ieong Chi Kin; o Chefe da Divisão de Salvaguarda do Património Cultural, Chan Chong; o Chefe da Divisão de Estudos e Projectos, Wong Iat Cheong; o Eng. Choi Kin Long e o Chefe da Divisão de Comunicação Cultural, Lam Chon Keong, entre outros, apresentando o desenvolvimento do Festival de Artes de Macau, do Festival Internacional de Música de Macau e do Festival Fringe da Cidade de Macau. O Festival Fringe, originalmente programado para Novembro, será alterado para o mês de Janeiro do próximo ano.
Neste “Encontro Cultural”, os membros da comunicação social mostraram preocupação com o incidente do colapso do telhado da Igreja de Santo Agostinho. O IC referiu que o resultado da investigação preliminar do mesmo caso já foi apurado, sendo a principal causa do incidente o facto da Igreja ter centenas de anos e estar mais frágil do que outros edifícios. A Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG) emitiu seis sinais de chuva intensa no período de dois meses e no dia em que ocorreu o incidente do colapso registaram-se 36 mm de chuva, chuva que causou uma pressão forte nas vigas de madeira de suporte do telhado, enfraquecendo a sua capacidade de suporte. O IC envida esforços para efectuar a recuperação do telhado nos próximos três meses e prevê que o valor de recuperação seja de cerca de um milhão de patacas. O valor será adiantado pelo organismo, sendo discutido posteriormente com a Igreja. O relatório da investigação será entregue à Administração Estatal do Património Cultural da R.P. da China.
O IC aprendeu com a experiência deste colapso, criando um grupo especializado que levou a cabo uma avaliação das condições de segurança do património arquitectónico já classificado, bem como do 1.º grupo proposto para classificação de bens imóveis. Uma análise do IC indica que há cinco locais que estão em risco de sofrer danos facilmente, nomeadamente o Seminário de São José, a Igreja de Santo António, a Capela de Nossa Senhora da Penha, a Igreja de Santo Agostinho e o Armazém do Boi, pelo que irá levar a cabo trabalhos rigorosos de inspecção e protecção nestes locais, alguns dos quais serão alvo de trabalhos de protecção e consolidação.
A imprensa mostrou preocupação com a insuficiência dos trabalhos de inspecção do património. O IC referiu que tem vindo a realizar trabalhos de inspecção dos edifícios patrimoniais já classificados pelos menos duas vezes por ano. Para além dos funcionários do IC, contrataram-se também equipas profissionais para ajudar nos trabalhos de inspecção e avaliação de acordo com as diferentes situações. O IC apela aos proprietários para darem mais atenção às épocas de más condições atmosféricas e desencadearem uma protecção adequada e antecipada do património. No caso de se encontrarem dificuldades, deverão contactar o IC e pedir ajuda.
O IC espera, através da realização desta actividade, manter uma comunicação activa com a imprensa, permitindo a esta e ao público melhor compreenderem os seus trabalhos.