Ruínas de São Paulo, junto da Fortaleza do Monte, conhecidas pelos chineses como Da-San-Ba Paifang, são a fachada restante da antiga Igreja da Madre de Deus, que estava ligada ao Colégio de São Paulo, fundado em 1594 pela Sociedade de Jesus em Macau. Antigamente, o Colégio era um grande complexo, com uma igreja, uma área de ensino, dormitórios, uma horta e outras instalações, tudo cercado por muros altos.
O Colégio de São Paulo foi fundado com o objectivo de formar missionários com conhecimentos e competências linguísticas para evangelizar no Japão e na China e seguia o modelo das universidades europeias da época, com regulamentos e sistema de exames semelhantes. Os cursos incluíam línguas, teologia, filosofia, ciências e artes. Após a aprovação nos exames os alunos poderiam obter diplomas de nível universitário. Sendo a maioria dos professores jesuítas, os alunos eram sobretudo missionários para a China, bem como seminaristas chineses e japoneses. Foi uma instituição pioneira na China, sendo a primeira a adoptar tal modelo educativo.
O Colégio de São Paulo em Macau foi encerrado em 1762, quando o governo de Portugal proibiu a Companhia de Jesus, tendo o complexo sido posteriormente convertido em quartel. Um grande incêndio em 1835 destruiu a maior parte dos edifícios, restando apenas a fachada da igreja. Em 1995, foram feitas descobertas arqueológicas a leste das Ruínas de São Paulo, incluindo vestígios dos pátios do Colégio, corredores, capelas, sistemas de drenagem e parapeitos, que estão agora expostos.
O Colégio de São Paulo foi a primeira instituição de ensino superior de estilo ocidental na China. Formou missionários para o Japão e para a China, desempenhando um papel significativo e de longo alcance na promoção do intercâmbio cultural entre o Oriente e o Ocidente.