A palavra "考古" (Arqueologia) surgiu há muito tempo no vocabulário chinês. Lü Dalin no 7º ano do reinado do imperador Yuanyou da dinastia Song do Norte (1092 dC), compilou um catálogo de antiguidades, intitulado "考古圖" (Kao Gu Tu); no entanto, a arqueologia da época pretendia encontrar e classificar artefactos antigos1 e tinha um significado diferente do que tem hoje. O termo "Arqueologia", derivado do grego «Αρχαιολογία», palavra composta por «άρχαΐοs» (que significa antiguidade e coisas antigas) e «λóγοs» (que significa ciência, conhecimento), originalmente referia-se ao estudo da história antiga2. Só a partir do século XVIII passou a referir-se genericamente ao estudo de todas as antiguidades e monumentos3.
A Arqueologia, hoje em dia, é uma ciência que se dedica ao estudo das sociedades e culturas do passado, através da recuperação e análise de vestígios arqueológicos, tais como vestígios e artefactos, conhecidos como “cultura material”.
A cultura material inclui, por exemplo, ferramentas de pedra, cerâmica, porcelana, metal, jóias, ferramentas, bem como elementos biológicos ou elementos que faziam parte do ecosistema, tais como, ossos de animais, carvão, restos de plantas e pólen, entre outros. Com o estudo aprofundado dos achados arqueológicos, podemos aprender mais sobre como as pessoas viviam no passado e sobre as várias fases do desenvolvimento humano. Uma das principais etapas da arqueologia é a recolha de vestígios arqueológicos, sendo o principal método a realização de trabalhos de prospecção através de escavações. Contudo, antes de se realizar uma escavação arqueológica, é importante realizar um estudo preliminar do local, com base em diversas técnicas e métodos científicos disponíveis, sendo crucial reunir antecipadamente dados históricos relevantes e analisá-los, nomeadamente, com base em diferentes tipos de suportes e materiais de arquivo, incluindo documentos, imagens e mapas. Desta forma, podemos conhecer melhor o local a escavar, o que também serve de base para a elaboração prévia do plano de intervenção e estudo, ajudando igualmente na preparação das etapas seguintes. Durante o processo de escavação, todos os achados e estruturas arqueológicas são cuidadosamente expostos e sistematicamente registados, de acordo com determinados métodos científicos, que inclui o registo da respectiva localização espacial e estratigráfica, permitindo assim aos arqueólogos estimar um período de tempo e correlacionar os vestígios com várias actividades humanas ou meios de subsistência. Após a conclusão de uma escavação, todos os achados arqueológicos recolhidos no local são catalogados para fins de investigação, com o objectivo de coligir informações que expliquem a forma como as pessoas viviam no passado.
1) Zhang Guangzhi, 《考古學專題六講》(Six Lectures on Archaeology), 2nd edition, Taipei: Daw Shiang Publishing, 1993, pp. 53-54;
2) Xia Nai and Wang Zhongshu, 《中國大百科全書‧考古學》(Encyclopaedia of China‧Archaeology), Beijing: Encyclopedia of China Publishing House, 1994, p.1-4; Thomas, Julian, “Archaeology and Modernity”. Routledge. E-book. ISBN 0-203-49111-4. 2004. Pp. 1-4;
3) He Xianwu and Wang Qiuhua, 《中國文物考古辭典》(Archaeological Dictionary of Chinese Cultural Relics), Liaoning: Liaoning Science and Technology Press, 1993, p.1.