As Ruínas de S. Paulo referem-se à fachada do que foi, outrora, a antiga Igreja da Madre de Deus, construída entre 1602 e 1640, incluindo ainda os vestígios arqueológicos do antigo Colégio de S. Paulo, ambos destruídos num incêndio em 1835. A fachada das Ruínas de S. Paulo mede 23 metros de largura por 25.5 metros de altura. O desenho desta fachada é único no mundo, uma vez que integra motivos decorativos orientais no contexto de uma fachada ocidental de estilo Barroco-Maneirista. A fachada está sub-dividida em cinco níveis de leitura ascendente. A insígnia da Companhia de Jesus encontra-se representada por cima das entradas laterais, enquanto a dedicação em Latim “Mater Dei”, que significa “Mãe de Deus”, encontra-se representada por cima da entrada principal. No nível acima dos pórticos das entradas, encontramos quatro estátuas em bronze de santos Jesuítas, incluindo: Francisco de Borja , Inácio de Loiola, S. Francisco Xavier e Luís Gonzaga. No nível seguinte, temos a imagem de Nossa Senhora da Assunção, ladeada por uma hidra de sete cabeças, um esqueleto, um barco português (Nau do Trato) e um demónio com asas, incluindo várias inscrições de caracteres Chineses com mensagens de teor bíblico. Em ambos os limites deste nível, encontra-se um leão de desenho chinês de relevo mais saliente, encimados por pináculos. No nível seguinte, encontra-se uma estátua do Menino Jesus, rodeada dos instrumentos da Paixão de Cristo. No último nível, encontramos um frontão triangular com uma pomba que simboliza o Espírito Santo, encimada pela cruz. A composição geral desta fachada representa uma fusão de diferentes influências, à escala global, regional e local.
Instalações:
Museu de Arte Sacra e a Cripta
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