O Sistema Patrimonial da Rota Marítima da Seda na China


Após os portugueses se estabelecerem em Macau em meados do século XVI, Macau prosperou rapidamente como porto de trânsito entre a China e outros países. Os 200 anos seguintes até ao início do século XIX constituíram um período crucial para a exportação de produtos da China para o mundo. Produtos chineses, tais como seda e porcelana, eram exportados em grandes quantidades dos portos de Macau para a Europa, Japão e até América. O crescimento de Macau alargou o alcance do comércio mundial na Rota da Seda Marítima, representando um contributo histórico para a promoção do diálogo e do intercâmbio entre diferentes civilizações.

 

A Rota da Seda Marítima contribuiu para a formação das características urbanas de Macau e está profundamente enraizada na cidade. Ainda hoje, é possível detectar claros indícios da Rota da Seda Marítima na textura urbana, nos vestígios arquitectónicos da cidade e até mesmo na cultura espiritual, incluindo a nível religioso e na vida quotidiana. Em Maio de 2019, Macau aderiu oficialmente à Aliança das Cidades para a Protecção da Rota Marítima e Candidatura Conjunta ao Património Cultural Mundial, a qual visa alcançar um consenso nacional e internacional sobre a formação de rotas culturais transnacionais relacionadas com a Rota da Seda Marítima, protegendo deste modo o legado da Rota e promovendo plenamente o papel activo deste no apoio e na agilização da concretização da visão globalizante da Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Espera-se que os 11 sítios históricos de Macau relacionados com a Rota da Seda Marítima possam contribuir para impulsionar o trabalho de candidatura a Património Mundial e promover o intercâmbio cultural e a cooperação no que à Rota da Seda Marítima diz respeito, cimentando plenamente o papel de Macau como base de intercâmbio e cooperação onde coexistem diferentes culturas predominando a cultura chinesa.